Autor: Eva Schloss
Páginas: 304
Editora: Universo dos Livros
Sinopse: "Em seu aniversário de quinze anos, Eva é enviada para Auschwitz. Sua sobrevivência depende da sorte, da sua própria determinação e do amor de sua mãe, Fritzi. Quando a guerra termina e Auschwitz é finalmente extinto, mãe e filha iniciam uma longa jornada de volta para casa. Elas procuram desesperadamente pelo pai e pelo irmão de Eva, de quem haviam se separado. Este é um depoimento honesto e doloroso de uma sobrevivente do Holocausto. As lembranças e descrições de Eva são sensíveis e vívidas, e seu relato traz o horror para tão perto quanto poderia estar. Mas também traz a luta de Eva para viver carregando o peso de seu terrível passado, ao mesmo tempo que inspira e motiva pessoas com sua mensagem de perseverança, de respeito ao próximo e de humanidade."
Esse livro mexeu comigo de várias formas. O relato de Eva Schloss consiste na descoberta de uma vida que foi realidade não somente para ela mas para milhares de judeus. Eu sou uma grande admiradora de histórias de terror, mas o horror que a autora apresenta nessa obra é algo totalmente inimaginável, mas pense bem, a sua história se trata de uma situação que já aconteceu e nem faz tanto tempo assim.
Meu primeiro contato com os relatos da Segunda Guerra Mundial foi através do Diário de Anne Frank. Lembro-me de ter lido a história da garota diversas vezes durante minha adolescência. Eu sentia, e ainda sinto uma simpatia tão grande por Anne, pois ela transmite os temores trazidos pelas idéias nazistas de Hitler, mas ao mesmo tempo, acreditava e tinha esperança de um dia sair daquela situação, juntamente com toda sua família e amigos. Porém sabe-se que Anne não teve tal sorte, apesar de sua mensagem ter tido um reconhecimento mundial e ser disseminada ainda nos dias de hoje. Aliás quem já leu o diário tem conhecimento sobre o final de Anne e sua irmã Margot. Algo que me chamou atenção, foi passar em uma livraria e encontrar o livro de Eva Schloss, mencionando sua irmandade com Anne Frank. Fiquei curiosíssima a respeito disso e confesso que comecei a ler esperando saber mais sobre os ultimos dias de Anne. Como pude perceber logo depois de ler, foi que o pai de Anne, Otto Frank, casou-se posteriormente com a mãe de Eva, mas sinceramente, isso não a faz irmã de Anne.
O que encontrei no relato de Eva descreve com detalhes como era sua vida antes, durante e depois do Holocausto. Quando ela e sua família se veêm sem saída e são enviados para Auschiwitz, o mundo de Eva torna-se obscuro e sem expectativa. Ainda sim, ela luta com todas as forças para não se deixar levar pelos terríveis acontecimentos presenciados no campo de concentração. Toda sua força, fé associadas à muita sorte, fizeram dela e sua mãe sobreviventes. Mas a vida pós guerra carrega consigo todo o sofrimento embutidono período em que passaram em Auschiwitz.
Só tenho a dizer que esse livro me deixou extremamente triste pois pude enxergar verdadeiramente a proporção do genocídio cometido pelos nazistas. Sou também da opinião de que todos deveriam ler, não só os relatos de Eva, mas também outras histórias de judeus que foram humilhados, desrespeitados e mortos por causa da prepotência de um homem louco que influenciou milhares de homens à seu favor. E não só para ter conhecimento dessa tragédia, mas para que também nada parecido com tal atrocidade volte a ocorrer. Recomendo muito a leitura!
